sexta-feira, 22 de maio de 2009

nesse instante

agora, as coisas estão acontecendo. fico imaginado os médicos abrindo o corpo dele. vejo imagens de filmes, a tensão escondida, o profissionalismo. eu estou tensa e não posso fazer nada. eu não posso fazer nada e isso me apavora. eo o amo, não sei como amar as pessoas. sou fria e explosiva. eu amo intensamente, odeio precisar e preciso. eu o amo verdadeiramente, a forma de amor que eu conheço desde que nasci e desconheço enquanto nasço denovo. eu o amo tanto e tenho tanto medo de perdê-lo. não gosto de mostrar meu medo, meu medo o enfraquece. não quero que ele queira viver por mim. eu o amo e o quero livre. mas ele vive pra mim e eu sei. eu o quero vivo e feliz. não gosto de ser responsável por sua felicidade, eu não a mereço. ele é muito pra mim e eu o quero comigo pra sempre. ele vive falando que a sua hora tá perto e eu penso em meu mundo sem ele e me perco. eu não o quero em outro lugar. eu não quero que ele morra.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

quando me falo por cotovelos, não me coloco. me descubro. as palavras implicam em sair, sem ordem, sem pontuação. qualquer ponto me leva a qualquer lugar e, se dessenrolo, estou onde meu pensamento me leva. correnteza que voa, de diluir idéias que nem sei se acredito. acredito nesse instante, acredito na descoberta e me apaixono. de criar seres, sensações. vou-me sem saber direito de qualquer coisa. sobre qualquer eu, qualquer resposta, nem mais, nem perguntas. e é pra ser assim, sem decisão do que falar, apenas jogar fora o que fica aqui sem aviso. desde agora, até jajá. jajá não pode ser depois, é já já, mais que já, e eu ainda espero. uór.