domingo, 16 de junho de 2013

hoje

para uma sagitariana, a mudança é explosiva, assim com a permanência. ou melhor, é mais, é sempre mais. para mim, a transformação está nítida demais pra ser ignorada, e a desvalorização está oposta demais ao que me pertence. por muito longos tempos me deixei oprimir por meu desejo. desejos não levam a nada, saciam e voltam, deixam de ser e surgem. e ressurgem e desaparecem. os fatos, as mágoas atrapalham, os erros ensinam e a verdade existe. as coisas que eu sei, que eu soube antes de aprender. constantemente eu sigo aprendendo, fico com raiva se tropeço, tenho vergonha se sou fútil, me dá agonia quando percebo o meu ego reinando. não me pertence a dor, a desilusão, o rancor. não é de mim a mágoa guardada e muito menos o ódio. as vezes o caos me engoliu, não posso permitir quando a onda quiser passar e ela sempre passa. se molhar é inevitável. eu não preciso mais me afogar, nem ter medo de ir fundo. com calma pra conhecer bem, saber onde piso pra mim é bom, mas não preciso desconfiar tanto, não preciso pranto, não sou só, tenho certeza. sinto vontade de espalhar num canto, flores, ser fiel ao que vim, iluminar, fazer diferença. não recebi tanto amor pra guardar só pra mim, minha natureza expande, a luz é pra todos, o brilho é que não precisa ofuscar. preciso me controlar, cuidado no caminhar, observar por onde eu passar, e só o melhor de cada qual levar, não me deixar abalar, já sei que há muita coisas ruins a operar, querendo imperar, mas a terra é pouco pro universo todo. Deus é mais e a paz não é coisa de pombinha branca, nem o dinheiro distribuído nas poupanças, a paz é mais, mas também sei dos postos de vista, dos olhares, dos planos sociais. sei muito mais do sabia antes, sei que não sei nada diante do que vou saber. agora, digo que transito, no fluxo estou sentindo, que posso ser melhor só que eu mesma, a aprender.

sexta-feira, 29 de março de 2013

sexta-feira da paixão

do sonho à realidade é um abrir de olhos
do pesadelo, não se sabe se é melhor o olho aberto ou fechado.

tive o sonho ruim e foi ruim ao acordar, uma palavra dita e pronto, a catástrofe!
outra vez eu não soube o que fazer, o que dizer e, acabei dizendo a mesma coisa.
como agir diferente quando a sensaçãoé igual? uma angústia que eu não quero mais.
o que digo, o que faço? eu lhe quero do meu lado, homem, mas eu não sei o que dizer pra lhe convencer.
o meu querer é meu, o seu querer é seu.
estranho isso de ficar. eu sei que você tá com raiva. preciso aprender a ir. a deixar ser.
que mais posso fazer? ser mandada embora denovo?
essa raiva não vale de nada. o motivo nem existir existe.
mas está acontecendo agora, e me deixa desnorteada, não saber agir diante desta situação.
bla, bla, blá não adianta, muito menos lhe abraçar. ficar longe deve ser o jeito, mesmo com esse maior não querer. não é um casamento, mas é como se fosse. e se fosse um casamento, desse jeito, seria um inferno.
se você cansa da minha presença, como ficar com você pra sempre?
ai homem, é tão difícil me manter calma, calma e calada. é impossível, se não for dopada.
dá vontade de fugir, denovo essa vontade que de nada vai adiantar. e se eu for, como vai ser se eu voltar?
se eu for pra longe vou querer voltar pra perto, pra ficar com você, mas não sei!
só quero a verdade, não este pesadelo. quero que passe a parte ruim, e se pra você o ruim sou eu, quero que passe a vontade de lhe ser.

o céu está azul, mas a sensação é cinza.

sábado, 23 de março de 2013

faz tempo

até
e muito já mudou, é claro
mesmo que eu e tantos não percebam gradativamente
vem a hora de ver.
é melhor agir tal qual,
que é pra não se atrasar na vida.

sábado, 8 de dezembro de 2012

não vejo justiça no que pedes.
daí, depois de murado e trancados os portões, ainda tem coragem pra dizer: tenha calma.
me diga como, se não quer que eu implore.
não posso julgar, nem lhe jogar nenhuma culpa. mas convenhamos, que se for pra desfazer, que se desfaça o laço, que se desate esse nó. que viver de esperar não cabe mais nos meus dias. não posso esperar o mundo te levar na suposta ideia de você voltar aqui.
aqui não pode ser meu, que aqui é triste demais pra mim.
você aí dizendo que tá bom sozinho, cheio de espinhos. e os arianos com promessas de um amor sincero. e eu aqui, neste quarto escuro, tentando descobrir onde foi que se perdeu a beleza de nós dois.

é foda

eu tento não reclamar, tento não ser repetitiva, tento esquecer e mudar a minha cara. então eu chego neste quarto. então outra vez eu chego e só.
não posso insistir, não dá, não adianta e... essas horas feito agora se repetem, essa solidão e esse medo do resto.
a vida inteira poderia ser mais simples. mas você não vê. não quer saber. não quer ver pra não saber.
e eu, ai ai, eu sou tudo isso aqui, que se vê, que não se entende, que se perde na linguagem e viaja na interpretação do tudo e o nada.
e o mundo e muito maior, muito doido, muito intenso, muito estranho. as relações, as imposições, "a cultura, a civilização
elas que se danem
ou não!"

enquanto isso, cá esteja, que eu não aguento, eu penso que não aguento e vou aguentando como posso. morro demais, admito. já deveria tê-lo deixado de fato, sem dizer nada, sem esperar nada.
não adianta esperar. essas coisas que eu sei e não faço.
tudo bem, a vida não é só isso. o amor não é só isso, na verdade.
esta condição a qual eu mesma me coloco, essa humanidade doente, não precisa ser. eu não preciso ser, ainda mais já sabendo.
eu escolho. embora não possa evitar...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


quantos foram os passos em que eu tropecei e, ainda por cima, arrodiei e caí no mesmo buraco.
não me cabe a tristeza, muito menos a solidão, muito menos o ódio e a dor.
se bem que eu não posso evitar todas as coisas que não quero, eu sei que é parte da obrigação, enfrentar.
não me permito me perder nessa altura, depois de tudo que eu já sei que não sou.
é muito fácil se iludir,e quantas foram as coisas que saíram da minha boca... desnecessárias, tantas palavras repetidas. não adianta, não alivia. confunde mais.
quando paro pra pensar, eu sei muito bem.
- agora meu coração, mesmo acalmado, pula. é saudade essa agonia? ou é só a minha vontade?
é isso.
eu tenho de cuidar dessa minha fome.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

questão

sentada na frente da tela acesa: eu e um monete de palavras. um monte de conversa, um monte de ideia, um monte de muitas coisas ao mesmo tempo e eu. na frente da tela acesa penso, o que mesmo eu gostaria de dizer. ainda há uma cama, pequena, quebrada, bagunçada. e uma outra luz. e muitas outras luzes.
penso no amor e o que ele representa pra mim, é universal, porém a gente se confunde o tempo todo neste mundo. eita mente, eita dias e noites e tempo que a gente vê passando e nem se toca que quem tá passando é a gente! 
e a terra gira e tudo gira, e eu aqui, sentada, em vez de deitar de uma vez.
é muito esquisito como a gente se deixa levar, mesmo sabendo por onde ir, a gente se deixa levar porque quer. coisas da carne, coisas da mente, coisas que eu sei, mas não sei explicar. coisas que faço, que me deixo fazer, que me deixo iludir. esse mundo, essa mente.
dá vontade de ir, mas quem sou eu pra dizer a minha hora? poderia me iludir em decidir, digo que meu rumo é minha consequência, agora, o meu destino...
estou aqui pra saber, eu tenho essa vontade. agora, eu vou dizer: é difícil.