domingo, 19 de dezembro de 2010

vinte e dois

patinhos na lagoa, namorando, se beijando, se bicando e se amando.
é meu natal e é lua cheia. a natureza eu agradeço pela minha criação,à vida, a minha consciência. tudo que for novo de novo, é porque renasce. tudo renasce, já que morre, ultrapassa o horizonte dos olhos e inebria, feito o sol. viver é doce e amargo e nunca deixa de ser bonito. é por isso que eu gosto de tudo no universo, no que é completo, da frente ao inverso.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

há várias formas de dizer o que não há como explicar:
com quantas palavras se diz: vá embora? fique aqui! me deixe só! vá embora! fique comigo? me deixe só?
há várias maneiras de perceber, de desvendar. desbravar. há tantos de nós nesses versos unidos e separados por órbitas. é óbvio que são dispensáveis as palavras essenciais que há tantas formas de dizer.
catalizadores são os corações dispostos a amar incondicionalmente.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

conforto

- é assim que as coisas são.

sábado, 11 de setembro de 2010

à deriva

- são muitos os faróis que sinalizam: setas à esquerda, na esquina, eu espero um sinal que me diga que você chegou.


Deriva
Substantivo feminino.
1.Desvio que um instrumento sofre com o tempo, a partir do seu ponto de repouso, quando a variável medida e as condições ambientes são constantes.
À deriva.
1.Levado pelas águas (embarcação, etc.).
2.Fig. Sem rumo próprio.


"e o meu coração embora finja fazer mil viagens, fica batendo parado naquela estação!"

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

coral no escuro

Pedro F. diz:
depois vou mandar cobra coral
nessa diz:
eu ouso apagaaaar o sol
Pedro F. diz:
olhe
para de ondular agora cobra coral
nessa diz:
colocalo num escuro tão profundo que até o colorido mais raro
Pedro F. diz:
a fim de que eu copie as cores com que te adornas
nessa diz:
se despede de mim como um raio, e eu querendo azul
Pedro F. diz:
a fim de que eu faça um colar para dar a minha amada
nessa diz:
e até o colorido mais raro
Pedro F. diz:
a fim de que tua beleza, teu langor, tua elegancia, reinem sobre as cobras nao corais
nessa diz:
e eu querendo azul

domingo, 29 de agosto de 2010

minha menina

ela é o meu amor e eu sou amor todinho dela.
[ (xiq ting ling ting) as cantenga dos priquito.]
ela é o meu amor e eu sou amor todinho dela.
[(xiq ting ling ting) bunda pegapracapar.]
ela é o meu amor e eu sou amor todinho dela.
[ (xiq ting ling ting) o padre correndo os cunhão batendo.]

sábado, 28 de agosto de 2010

conexão

um pensamento remete outro que remete outro que remete outro
...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

acordei

engasgada de lágrima.
não é mais como me senti minutos atrás, já faz tempo que acordei.
é preciso se concentrar pra sofrer. o fluxo de idéias misturadas no oceano que vezes desagua em palavras, outra outra desaguou molhado, em sonho. num choro que não saiu, quando eu acordei. é preciso se concentrar pra sofrer. é um Karma, o homem cósmico e a energia frenética da lua cheia. ontem a noite eu dormi chorando. eu lembro do que eu ainda não sei, do que eu não precisava nem saber e me mostraram. de alguma forma eu vi. e tem tanta coisa que eu não entendo. não tem palavra que não se perca.

































































ds











arma,

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

eu choro

eu sempre quero chorar por tudo e por qualquer coisa. eu choro por nada. por causa de uma musica que me lembra uma cena de um filme. por causa de uma cena que parece que eu já vi antes, por causa que você não me abraçou naquela noite, eu choro até amanhecer. eu choro se não ganho um beijo de boa noite, choro de medo e de saudade. de alegria se eu te encontrar, quando eu te encontrar. aiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiaiai, telefono e digo boa noite meu amor, eu te amo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

curto-circuito

devagar, quase parando. lento correndo, como eu vi dizer ali, naquele cantinho do lado de onde diz-se: você. éfe há fa, bê i bio. i ene ó inho. eu prefiro assim chamar, por meu, que também seja, ora bolas, porque não?
demorinha danada que me dá vontade de nem esperar. não sei direito o que, pra onde, quandos e porquês. eu gosto mesmo das palavras, soltinhas no universo -imensidão. vejo cores e motivos, desejos e delicias. nada melhor eu ainda não encontrei sem procurar, que há sua barba roçando. a minha testa, todos os meus olhos paqueram de cima a dentro. caralho, eu preciso de outra palavra mais forte, eu não preciso de palavra nenhuma e eu já havia descoberto antes.
soar. suor. você é uór, eu sou uór, o mundo é uór e tudo é lindo!

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

eu sempre começo do mesmo jeito e nunca sei aonde vou parar, eu nunca páro.
um portão. um portal. uma chuva de meteoros, meteoros de pensamento. cintilando no infinito,
neurônios.
todas as palavras são inúteis, todas as idéias, maneiras de mudar o mundo. dez milhões de vezes eu sou mais o amor, o meu amor.
apagaria todas as luzes de dia e de noite pra ver melhor daqui. já não lembro mais, só que seja mesmo. esteja. na mesa. na cama, na lama.
não tenho como não digitar o que ouço, já que está tocando dentro da minha cabeça, fluindo melodicamente nos meus pensamentos, cada cordinha do violão e da viola, dançando, flutuando entre as minha veias neurais!
já nem tem letra mais, a musica. ja nem precisou palavra.

sábado, 7 de agosto de 2010

o meu amor

é assim:
por qualquer causa, eu o quero
e sempre que ele não chega, eu espero ele chegar,
porque tê-lo de novo é tê-lo agora,
e tê-lo é o melhor que eu posso ser.
melhor ainda é saber que eu o sou.
assim, o meu amor é.

não tenho pressa

mas tenho um preço
e todos têm um preço.

sábado, 5 de junho de 2010

a vontade de morrer só se faz maior. o sol apareceu hoje no céu e eu ainda estou cinza. ocupar a mente e esvaziar o coração. poderia ser mais fácil. merda de dor que só me destrói, que só mata. mata meu sorriso, mata o que eu nem sei se é vivo. eu só consigo morrer - queria eu ter a coragem de morrer de uma vez. é o inferno. e eu lembro que sou seu inferno astral. é uma merda porque eu lembro de você em todas as coisas. eu só queria morrer. eu só queria te matar.

domingo, 25 de abril de 2010

há de dormir

agora que já era de manhã, eu coloquei uma roupa e fui comprar o cigarro na padaria. eu voltei e enquanto eu fumava na calçada de casa, o coroa passa cantando, com o carrinho de mão cheinho de garrafas.
- bom dia morena!
- bom dia!
- tô aqui morrendo de sono. vou chegar em casa, tomar um banho, tomar café e continuar a vida. a vida continua!
- a vida continua!

sábado, 24 de abril de 2010

você tá matando o amor
que eu sinto
que
só agora, eu te odeio
na minha intensidade mais explosiva
e na poesia mais concreta
foda-se!

quarta-feira, 21 de abril de 2010

- você não acha melhor eu ir embora? eu não sei porque ainda eu espero tanto. de tanto eu esperar você acaba chegando. agora demoooora e eu tenho tempo de pensar em milhões de coisas que eu acabo por não dizer nada. a demora aumenta a distancia que já separa. grande ausência que me morre dentro.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

tudo que tentei enviar por mensagem de celular deu um erro inesperado.
é aqui onde o avião faz sombra, e a vista do primeiro andar é a de outros primeiros andares.
a vista daqui não me é assim, atraente. as pessoas são todas humanas, em qualquer parte do planeta.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

uma gotinha de verão naquele inverno ausente. uma gotinha só, e eu pensando que poderia tudo ficar azul-para-sempre. amarelo oco, e todas as conchinhas derramadas sem pérolas.
se todas as cores se misturam, branco ausente e todas elas podem ser.
sê lua éter na mente.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

e quando a noite vier te deitar, amanheça em meu adormecer.
que amar é estar a mercer. da dor, eu derramo gargalhadas - liquidas, que se derrama, absorve. de estar dentro, se fez o mesmo. me faz maior.
um.
dos que podem ser parecidos, tantos nomes, que já coloriu.
abre asas, paz: é de ser desse jeito, que sente almofadas de penas.
eu te desenhei em meus olhos
e eu cego à luz dos seus.

tic-tac

de reter as horas

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

a roda

é só bolar
planos pra mudar de idéia
acende
a luz que a noite chega e
passa
já que tudo
volta ao que sempre foi.

domingo, 10 de janeiro de 2010

eu estou para.
eu tava saindo e começou a chover, eu posso ficar mais um pouco. só que você nem está, e o seu cheiro fica espalhado por todos os cantos desse quarto. e eu te vejo deitado na cama e lembro que você me coma. acordar se você estiver, quente, coberto de branco. então não há circunstância que haja distância, que a largura da rua que me leva a você só une. parece que o sol vai aparecer. até que eu não me importaria de esperar você chegar.