terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

sou

é uma bobagem, admite. embora os pedaços do que a faz, se juntando se compreende. se complicar, resolve, se não num piscar de olhos, num estalar de dedos.
é trivial, no escuro muito clareou. peço perdão se me arrependo, volto atrás no que vem pela frente. eu tenho esses direitos, de ser quem eu quero realmente ser. eu tenho a opção, numero dois, vezes o infinito. todas as coisas que me juntaram, fizeram de mim eu, partícula minuciosa, que se acha essencial pra tudo isso continuar girando.
e se eu não for? pode ser também que eu esteja errada, que tudo que eu acredito não passe por ser coisa da minha cabeça. se assim não for, também que seja. eu ainda quero a ultima palavra, só pra alguém poder retrucar eu. os assuntos não se acabam, se eu ficar calada pode ser que ninguém mais fale. pode ser que ninguém mais pense. é preciso pesar sobre as coisas. preciso pensar sobre as coisas, eu.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

não há ponte

há defeitos em todos os nós.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

cuspe

ainda não dormi, pensando em todos os seus defeitos. eles me vêm a cabeça sem que eu os chame, as lembranças das coisas que você me causou dor. não é bom esse pensamento, eu sei. não é boa essa sensação. posso muito bem pensar em outra coisa, há infinitas possibilidades. mas se não me distraio, são esses os pensamentos.
hoje você me feriu, mais uma vez você me feriu. se eu guardo minha raiva, acumulo, se eu a descarrego não há compreensão. não sei se vai ser sempre assim, cada vez as minhas palavras lhe perdem o valor. cada vez a sua feiura me atinge feito faca nas costas. eu quero te entender e eu posso até jurar. talvez até precise jurar, pra que você me acredite. queira me respeitar porque eu sou sua. enquanto eu conseguir, eu serei. nunca mais quero ver você em outros. posso pagar pela minha língua, eu admito os meus erros. agora uma coisa é certa, sobre o que faz bem e o que faz mal. sobre o mundo da ilusão.
- eu sou uma mulher, é bom não esquecer.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

para que não se perca

não é porque existem os defeitos que se deve deixar pra lá, apenas. há conserto em qualquer coisa que se quebre, mesmo que tenha que começar tudo de novo. acaba que fica ainda melhor. as pessoas são objetos de si. a gente pode fazer o que quiser com o que for matéria. depois vem o resto, que tem nome de consequência. cada qual for cada um, tá tudo certo. todos somos a mesma coisa.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

eu tenho

todas as coisas que eu preciso pra continuar andando pra frente. tenho a faca o quero e a tesoura sem ponta. tenho o sol e o horizonte pra ele se deitar. tenho a lua e o oceano inteiro pra me dizer que todas as coisas boas estão aqui também por mim. não preciso de medo. aprendi sobre ser prudente. basta compreender, deixar aberta a porta que entra a brisa que ilumina o que é bom.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

paciência

o conhecimento se tem, se busca. a descoberta é contínua.
cada novo dia, mesmo que difícil
faz sentido. pode estar errado e imerecido
não é todo justo que vive o tempo que quer viver
não tem fraqueza que não fortaleça, também.
cada ferida que eu já abri em mim eu mesma quis cuidar, quis cuidado e faço como encontrar. a minha mãe é puro amor, a minha terra de mim é parte. a força que vem de dentro é luz, que alumia os caminhos. não é difícil saber por onde ir de olhos abertos. busquei a paz e ela a mim encontrei. é preciso coragem pra olhar pro lado de dentro: as coisas como realmente são, lindas. há o agora.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

que doce agrado é o mar.

12:12

se parasse a hora de passar seria só essa agora, se parasse a hora de passar, nem tanta coisa assim mudaria. o que é que é, é o que é que é. as horas dividem o tempo. o tempo o homem calcula as voltas da terra em torno de si, as voltas da terra em torno do sol. a lua controla as marés, as menstruações. o homem controla seus atos. descontrolados. será simples, numa nova era, nessa mesma nova era em que encontrei a mim, nesse corpo que a mim pertence, essa alma que a mim percebe. ainda bem, eu ter me transformado eu quem sou agora. faz muito mais sentido, viver aqui.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

sim

existem muitas, muitas, muitas, muitas, muitas, muitas coisas
que não sempre pra nada.